segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Jogos de azar


Em mais um alvo
Minha fé acabou indo
Mas apenas espero
Que não esteja certo de novo
No céu azul de verão
O inferno esteve sempre à minha porta
Quando saí da minha porta
Ou sua porta me disse não
Saber que tentei tudo em vão
Descobrir os níveis como são
Ouvir que a palavra de tanto esplendor
Tem duas faces como um poeta me cantou
A esperança é o que não posso sentir
Mas só acordo se for pra ela
Outra dúvida em que se insere vida
A que apenas assisto numa tela
Cores vão pintando, de todos, os dias
Mas já estão muito longe
E longe eu estou e tento continuar
Mas aquele fio insiste me sufocar

sábado, 12 de novembro de 2011

Porque a gente é assim!

     Não conheço ninguém viciado em algo que seja bom pra saúde. Pensa bem, você conhece alguém viciado em suco de melão? E chá de carqueja? Brocólis? Não! A gente se vicia em cerveja, uísque, vodka, cigarro, maconha, coca-cola, sexo, chocolate, fritura, facebook... Sempre tem um chato pra dizer que faz mal pra isso, pra nao sei o que, mas não quero nem entrar nisso.
     Esses vícios me levam a duas conclusões: um - nada que faça bem é tão gostoso assim. Porque as pessoas só viciam nas coisas que gostam muito. Dois - a gente gosta de se fuder. É mais forte que a gente, já reparou?
     A gente tem uma mania de descontar nessas coisas os nossos sentimentos mais estranhos. Digo "estranho" por falta de uma palavra melhor pra descrever algo que você não sabe o que é e que te traz uma sensação ruim muito particular. Alias, escolhi "particular" também porque não sei bem o que é a sensação. O fato é que não é lá tão comum assim... eu acho...... tomara...
     Tem uns espertões que falam que se cigarro, álcool e outros desses fizessem bem, eram vendidos na farmácia. Faz sentido. Mas nenhum deles está na minha cabeça. Ninguém sabe o que penso, sinto, vejo quando o cigarro me beija os labios, ou a sensação inigualável da cerveja com os amigos. Ninguém sabe da perversidade da minha mente contra mim. Essas coisas me acalmam sim, e daí? Sempre tem um que diz: isso é só uma solução temporária. Como eu tô sentindo dor agora, o conceito do imediatismo me vai bem melhor que um blues. "Fugir eternamente da tristeza" é uma das ideias mais aceitas pra conceituar "felicidade". A mente vazia é, de verdade, a oficina do diabo.
     Além do mais, eu tenho o direito de usar dessas porcarias, porque não? Ninguém paga as minhas contas e eu tenho o direito de estragar meu corpo se eu quiser e o quanto eu quiser. Engraçado como que as pessoas que mais julgam sao as mesmas que enchem a boca pra falar em livre arbítrio. Há pouca coisa que eu odeie tanto quanto gente que repete certos discursos sem usar o filtro. Isso é burrice! Livre arbítrio é um conceito fadado ao fracasso. Bem, mais uma vez estou digredindo e não falando coisa com coisa. Meu ponto é que a felicidade é um conceito abstrato a ser alcançado ou não, seguindo os mais diferentes caminhos. Nossa vida não pode ser o show de Truman... Se a sua felicidade é o cigarro, quem sou eu pra julgar? Isso não afeta ninguém negativamente, a não ser o pulmão (entre outras coisas) do próprio fumante. Em última instância (em todas as instâncias, na verdade) o problema é dele!
     Sempre tem um que vem com o discurso pronto do "Assim, você nao vai chegar na minha idade". Em primeiro lugar, em geral, as pessoas que se colocam como exemplo não são exatamente estimulantes pra aumentar a vontade de envelhecer. Uma vez olhei um desses filhos da puta da cabeça aos pés e disse "ainda bem". Em segundo lugar, o que há de tão especial na sua idade pra você querer que eu chegue lá? Ou: o que há de especial em mim pra você querer que eu faça parte desse grupo?
     Como vou viver minha vida é minha escolha. Você pode viver 40 anos bem vividos ou 115 não tão bem vividos assim. Nenhuma das duas me parece medíocre. Medíocre e mesquinho é quem julga medíocre quem não faz a mesma escolha que ele próprio.
     Outro discurso bom é o "Quando casar, ele/a muda". Pra começar, quem te disse que eu vou me casar? Segundo, que parceiro/a é esse/a que eu vou ter escolhido e cuja maior idiossincrasia é mudar quem eu sou?
     "Mas assim, como você vai criar seus filhos?"... Ai! Número um, SE eu tiver filhos... Dois: acabei de falar
que não vejo problemas nesse estilo de vida. Se não há problema, não há preocupação, oras. É a mesma coisa com relação à adoção de crianças por casais gays. Muita gente fala que não tem nada contra a uniao gay, mas que é contra a adoção porque não considera um ambiente positivo pro desenvolvimento da criança. Logo você tem alguma coisa contra. Você acha negativo e acha que a criança vai adquirir o mesmo comportamento e consideraria um problema se ela, de fato, o fizesse.
     No fim, resta a palavra de John Lennon: "O tempo que você gosta de perder não foi perdido". Não foi tempo perdido.

sábado, 29 de outubro de 2011

Libertas

Os goles de água descem por minha garganta
como doces gotas de vida nova me encanta
Me sinto de novo novo um garoto
experimento o sabor de coisa nova

A primeira maçã q mordi
A primeira festinha de que voltei
O primeiro amor q vivi
O primeiro gol q ja marquei

A ultima dor que senti
nem sei quanto tempo durei
adiante o passado apenas some

Hoje eu volto a ser gente
Hoje eh um dia diferente
Hoje, viva hoje!

domingo, 9 de outubro de 2011

O Gosto do Cigarro

E por falar em tristeza
Não quero saber por onde você anda
o gosto do teu cigarro
é o paladar que procuro, ainda caço
mas q mesmo assim luto pra esquecer
e aí assim vou lembrando
dos tiros q levei de onde não se espera
lembrando que sua porta não está aberta

O futuro ninguém anuncia e assim também desisti
as lembranças, embrulhei no papel de presente
para receber, é só abrir, mas lá ninguém mente

A memoria é a irmã má do passado
o juizo é seu pior inimigo
e ele não me deixa sossegado